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Brasil, um coração que acolhe: juntos somos mais fortes

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O ditado popular “a união faz a força” nunca fez tanto sentido quanto faz nesse movimento de fraternidade que nos move dia após dia. Em Santos, litoral de São Paulo, uma equipe de mais ou menos 30 pessoas se uniram e acolheram uma família venezuelana nesse processo de interiorização que o projeto da Fraternidade sem Fronteiras, Brasil um coração que acolhe, passa agora.

Chegada da família em Santos/SP

Família no centro de acolhimento da FSF em Boa Vista/RO

 

Jesus Zacarias e Nurvis migraram para o Brasil com três filhos pequenos para, assim como todos os venezuelanos imigrantes, fugirem da crise humanitária que cerca o país nos últimos anos. Em Boa Vista, Roraima, ficaram no abrigo da FSF por três meses e de lá foram selecionados para esse acolhimento em Santos liderado por vários voluntários da causa.

 

“Fizemos uma reunião com o nosso grupo aqui e começamos a conversar sobre o que poderíamos fazer. Conseguimos movimentar bastante gente e em 60 dias alugamos a casa que fica em São Vicente, bem próximo de Santos. Reformamos e através de uma campanha na internet conseguimos todos os móveis para mobilharmos o local”, conta Ana Lucia Caetano, uma das voluntárias.

O casal e os três filhos desembarcaram em Santos no mês de junho e desde então tem recebido o apoio do grupo que criou toda uma estrutura para fazer com que eles ganhem a liberdade financeira em 1 ano e meio.

 A iniciativa chama “Semáforo da Transformação” e funciona em três etapas: nos primeiros 6 meses todas as despesas são mantidas pelo grupo, depois disso, os próximos 6 meses tem as despesas divididas metade/metade e os 6 meses finais tem todas as contas arcadas pela família venezuelana, mas ainda com o controle do grupo. “Enquanto isso, criamos para eles uma poupança. De todo o dinheiro que eles ganham por enquanto, tiram 10% e guardam em uma conta que servirá para que futuramente possam arcar com os custos de trazer a família para o Brasil”, explicou Ana Lucia.

Jesus trabalha como pintor e toda semana tem tido demanda. Nurvis recebe a visita de uma voluntária, uma vez por semana, que tem lhe ensinado português e receitas de doces brasileiros que são vendidos no centro espirita que o grupo que os apoia frequenta.

“Estou vivendo uma nova fase, uma fase que me emociona constantemente. Eu me sinto muito feliz por estar engajado juntamente neste processo”, desabafa Jorge, um dos responsáveis pela família em Santos/SP.

“O plano é fazer com que eles caminhem com as próprias pernas em 1 ano e meio e aí quem sabe conseguiremos trazer uma outra família venezuelana pelo mesmo processo”, conta Ana Lucia.

Antes de chegar ao Brasil, Nurvis, na época grávida do filho mais novo que hoje tem 9 meses, se alimentava apenas uma vez por dia. “Não se conseguia nada para comer na Venezuela”, conta ela, que acrescenta, “meu sonho agora é que tempo passe rápido para que eu possa juntar bastante dinheiro e trazer minha família para cá”.

A adaptação tem sido excelente. As duas crianças maiores já estão na escola, a mãe aprendeu a andar pela cidade e consegue leva-los e busca-los a pé, enquanto o pai conseguiu uma bicicleta e vai para o trabalho todos os dias com ela. Para o futuro, só coisas boas: família reunida e faculdade a vista.
Nurvis planeja cursar psicologia com a ajuda dos voluntários da FSF, já que na cidade de Santos existe uma universidade com plano de estudo para refugiados.

O ditado popular “a união faz a força” realmente nunca fez tanto sentido!

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