Quando o amor de mãe ultrapassa as fronteiras geográficas
Por Karla da Silva – estagiária comunicação FSF
Dia das mães é o momento de celebrar aquela mulher que foi chamada a gerar uma nova vida, física ou espiritualmente e refletir que, a partir deste momento, o tempo caminha diferente.
Sim, respeitamos o chronos, o tic tac dos compromissos diários, prazos… Mas, para uma mãe, Kairós é o tempo que deve contar.
Kairós significa o momento certo, oportuno, supremo, o tempo de Deus. É ele que qualifica o tempo cronológico. E foi no tempo certo que Wania Elias Faria, 64 anos, se tornou mãe de dois.
Casada há 38 anos, ela é coordenadora de caravanas de saúde da FSF ao lado do marido, Vilson Fileti, 67 anos, e em 2017, na primeira viagem pela FSF para Moçambique, Wania viveu o momento supremo da vida dela, quando rodeada por uma energia amorosa, um sorriso a retirou da multidão e a colocou sob a luz de ser mãe!
“Eu senti o amor de mãe, mesmo não sendo mãe. Nós não tivemos filhos, eu sou casada há 38 anos e realmente o que eu senti lá foi isso. Em Moçambique, foi com o Enoque, que é meu filho, há quatro anos. É uma coisa impressionante a nossa conexão”.
Em 2019, Wania e o marido foram para o Malawi onde conheceram Maick, o líder Ubuntu. E, mais uma vez, foi impossível resistir a voz do coração que reconhecia naquele encontro tanta força, tanta luz que ela soube que era uma conexão entre mãe e filho. “O Maick é uma pessoa iluminada. Ele é uma pessoa que transmite bondade, caridade, fraternidade. Ele é meu filho, ele mesmo fala que a conexão que ele tem comigo é muito grande, a gente se fala diariamente. Tanto ele como com o Enoque”.
O bonito da história da Wania não é somente o fato de ver nascer uma mãe, mas também uma mulher consciente, fraterna, feliz e realizada.
“Eu sempre quis fazer alguma coisa por nossos irmãos africanos. E a oportunidade de conhecer a Fraternidade e poder ir para lá já é muito especial. E chegando lá a gente muda totalmente. É uma coisa impressionante! Porque a gente chega achando que vai encontrar miséria, tristeza, que nós vamos poder fazer alguma coisa por eles, que são pessoas sofridas…. E o que a gente vê é uma alegria, uma gratidão tão grande em nos receber, um carinho… É puro amor. A gente se transforma. Realmente, após a primeira caravana eu voltei transformada. Voltei só querendo fazer o bem. Mudei a minha vida, mudei a forma de ser”.
A vida dela se transformou e a vida dos meninos também. Enoque, 21 anos, está cursando o segundo ano

Wania e Maick


