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Fraternidade sem Fronteiras faz gestão compartilhada com a comunidade do Centro de Acolhimento São Vicente 2, em Boa Vista – RR

Novembro foi o mês para a confraternização, assembleia e votação de troca dos Comitês Comunitários 

Por Taemã Oliveira – assessoria FSF / Roraima

Em Boa Vista – Roraima, o mês de novembro já era esperado como de muitas emoções para o projeto “Brasil, um coração que acolhe”. Havia a expectativa da partida, via interiorização, de muitas famílias do Centro de Acolhimento São Vicente 2 e a despedida daqueles que se engajaram de todas as formas possíveis no dia-a-dia da vida local. 

Por conta disso, logo no início do mês houve uma confraternização na qual todos os líderes comunitários foram presenteados com lembrancinhas. Eles ainda puderam participar de um sorteio para concorrer a outras duas surpresas. Foi servido a todos um jantar especial feito pelos cozinheiros do centro. Foi uma noite para todos lembrarem das conquistas pessoais e compartilhadas de estarem na liderança dos Comitês Comunitários.

“Foi aqui, no São Vicente 2, que eu aprendi a viver em comunidade. Meus filhos foram muito bem acolhidos e assistidos aqui e eu devolvi toda a minha gratidão fazendo parte dos comitês. Cuidando de todos. Eu e a minha esposa fizemos parte dos comitês de limpeza e alimentação, limpamos a área externa, a cozinha, recebíamos a comida, distribuímos para todos”, disse Oswaldo Rodríguez, que esteve com a esposa e os 3 filhos por cerca de quatro meses no centro de acolhimento. Ele passou a responsabilidade da gestão para os novos integrantes. 

Em Roraima, o projeto Brasil, um coração que acolhe, da Organização humanitária Fraternidade sem Fronteiras, atua em quatro  frentes de trabalho. São um Centro de Capacitação e Referência em Pacaraima – RR, um Setor de Interiorização em Boa Vista – RR e dois Centros de Acolhimento também na capital do estado. Um desses centros, o São Vicente 2, é, hoje, totalmente custeado pelas doações únicas e pelo comprometimento mensal de padrinhos e madrinhas, com o apadrinhamento ao projeto. Além de contar com o apoio logístico e de coordenação mil

itar da Operação Acolhida, doações da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e outros parceiros que ajudam na implementação de novos projetos. 

Por isso, ele segue diretrizes diferentes dos demais abrigos da Operação Acolhida. Uma dessas diretrizes é que, com a ausência de monitores noturnos e plantões da equipe civil aos finais de semana, os Comitês Comunitários fazem a autogestão nesses períodos específicos. A cada três meses são realizadas assembleias e as cerimônias de passagem de integrantes. Os processos de candidatura são voluntários, para os setores de pátio, limpeza geral, cozinha, entre outros, mas o voto é obrigatório. As atividades dos comitês são realizadas de dia, ao longo da semana e trabalham em conjunto com a equipe do projeto Brasil, um coração que acolhe, e à noite e aos finais de semana assume

m a gestão completa com o apoio dos militares de plantão.

“Isso traz um olhar de comunidade e de que somos todos iguais. E que eles são protagonistas da própria história. A ideia é de que mesmo fragilizados, em uma situação de vulnerabilidade, eles também podem ajudar no local onde estão, também vão transformar aquele ambiente para que possa ser cada vez melhor para todos” explicou Vanessa Epifânio, coordenadora operacional do projet

o Brasil, um coração que acolhe.

Também neste mês de novembro, a comunidade realizou assembleia para eleger os novos líderes, processo que é feito a cada três meses. 

A mensagem que fica é que o trabalho realizado é de acolhimento. Fazer com que se sintam em casa com os direitos e deveres e impactando positivamente no espaço de convivência. “Eu me sinto contribuindo não somente com os que estão aqui, mas também com os quais ainda vão chegar. Seja amanhã, depois, ou até mesmo daqui a alguns anos. Essa parceria nos ensina muito. Sou muito grato à Fraternidade sem Fronteiras”, concluiu José González.

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Tatiane Resende

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