
Acolhimento, dignidade e transformação em uma das regiões mais vulneráveis do mundo
A região sul de Madagascar enfrenta uma das piores crises humanitárias do planeta, marcada pela fome extrema, seca prolongada e falta de acesso ao mínimo necessário para viver com dignidade. Desde fevereiro de 2017, atuamos na região para transformar essa realidade.
Atualmente, acolhemos cerca de 11 mil pessoas em 13 Centros de Acolhimento, onde oferecemos alimentação, higiene, educação, formação profissional, atividades culturais e geração de renda. Só em alimentação, são mais de 242 mil refeições servidas por mês, garantindo sustento e esperança a quem antes vivia em situação de absoluta vulnerabilidade.
Desenvolvemos diversas frentes de capacitação e sustentabilidade, como oficinas de costura, sabão, marcenaria, artesanato, biocarvão, tijolos ecológicos e agrofloresta. Também implantamos uma padaria comunitária, que produz pães tanto para o consumo dos acolhidos quanto como fonte de geração de renda.
A Escola Horova já conta com 600 alunos matriculados e 16 salas de aula, proporcionando educação de qualidade e construção de um futuro mais promissor para as crianças da região.
A Clínica Médica da FSF funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, com uma média de 6.500 atendimentos mensais e 24 leitos de internação, oferecendo cuidados médicos essenciais para uma população que antes não tinha acesso nem ao básico.
Educação com dignidade para transformar o futuro de Madagascar
Inaugurada em março de 2023, a Escola Horova é um marco de esperança na região sul de Madagascar. Com capacidade para atender até mil alunos, a escola já conta com 600 crianças matriculadas, distribuídas em 16 salas de aula, em regime de ensino integral, do Infantil ao Fundamental.
As crianças recebem três refeições diárias, uniformes completos e todo o material escolar necessário, em um ambiente acolhedor e estruturado para o aprendizado. A proposta pedagógica é baseada no método Montessori, que estimula a autonomia, o respeito mútuo e a disciplina de forma humanizada.
“Horova” significa um bom lugar no futuro e é isso que oferecemos todos os dias: uma chance real de romper ciclos de miséria por meio da educação.
Abrimos dois centros de acolhimento na cidade de Ambovombe. No primeiro, onde também funciona a sede da FSF, em Madagascar, acolhemos as criancinhas que viviam nas ruas, pedindo migalhas. Elas recebem refeição, cuidados com a higiene, participam de atividades de recreação e culturais.
Nenhuma das crianças acolhidas frequentava a escola. Confeccionamos pastas, compramos material escolar, uniformes e matriculamos as 1.762 crianças.
A inauguração do novo Campo da Paz, em Madagascar, permitiu uma ampliação nos atendimentos da Clínica Médica. Agora, contamos com dois pavilhões, que abrigam 16 salas e 24 leitos regulares para internação. O local também conta com pias para higienização, mesas e macas ginecológicas e uma sala de vacinação.
Além da Clínica Médica, o Campo da Paz também está com um refeitório mais amplo e equipado para servir mais de quatro mil refeições diárias. O espaço foi planejado para acomodar até 800 pessoas ao mesmo tempo. E o banho, tão raro em Madagascar, está ainda mais acessível – são 40 chuveiros funcionando ao mesmo tempo. Cada detalhe impacta o cotidiano de milhares de famílias.
Construímos na unidade Campo da Paz, um centro de atendimento à saúde, implantamos farmácia e médicos voluntários intensificam o atendimento à comunidade durante as caravanas. A comunidade de Marafono passa a ter visitas mensais de nossos colaboradores e voluntários, que fornecem refeições para os acolhidos. Antes de a FSF chegar ao local, a única alimentação disponível era a fruta e a folha dos cactos – alimento utilizado para saciar a fome.
Muitas crianças de Ambovombe não sabiam o que era uma escova de dentes.
Arrecadamos escovas de dentes e pastas, instruímos crianças e mães sobre noções básicas de escovação e formamos multiplicadores locais para orientar a comunidade.
Montamos dois consultórios odontológicos e o trabalho amoroso de dentistas voluntários está abrindo sorrisos em Madagascar.
Cem famílias que antes viviam em casinhas absolutamente precárias passaram a morar na Cidade da Fraternidade. Em área doada de 45 mil metros quadrados, o projeto inclui cem moradias, perfuração de poço artesiano, oficinas de trabalho e cultivo sustentável. A comunidade é incentivada a perceber sua própria capacidade para a conquista da autoestima e a vivenciar valores que cultivam a paz.