Quando uma crise migratória bate à porta, temos duas opções: fechamos as fronteiras ou abrimos o nosso coração.
A Fraternidade sem Fronteiras, por meio do Projeto Brasil, um coração que acolhe, convida todos a acolher as pessoas refugiadas e migrantes venezuelanas e, juntos, lançarmos ao mundo uma mensagem de paz.
Chegamos à fronteira do Brasil com a Venezuela, em outubro de 2017 e, com a ajuda de voluntários, apoiadores, madrinhas e padrinhos, construímos nosso primeiro Centro de Acolhimento, onde as famílias passaram a ter moradia e a receber alimentação, orientação para serviços de saúde, apoio psicossocial, educação, aula de português e ainda, como protagonistas de todo o processo, passaram também a dividir responsabilidades nos cuidados do Centro de Acolhimento.
Hoje, ampliamos nossas áreas de atuação graças aos apadrinhamentos e às diversas parcerias. Somos responsáveis, por meio de parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e como membros da Operação Acolhida, resposta do Brasil à crise humanitária venezuelana, pela gestão de 3 Centros de Acolhimento: Pricumã, Jardim Floresta e 13 de setembro, temos 1 Setor próprio de Interiorização e 1 Centro de Capacitação e Referência, em Pacaraima, na fronteira entre Brasil e Venezuela. Ao todo, são 5 frentes de trabalho, mais de 2 mil acolhidos e mais de mil deles qualificados, todos os anos, para o mercado de trabalho brasileiro.
Roraima é um estado muito pequeno para tantos recomeços. Por isso, centenas de famílias esperam por ajuda para novas oportunidades em outras cidades brasileiras. De outubro de 2017 a dezembro de 2021, foram 1.500 refugiados e migrantes venezuelanos interiorizados pelo Projeto Brasil, um coração que acolhe.
Isso quer dizer que essas pessoas foram levadas para outros estados brasileiros, de forma voluntária, partindo de dois princípios: Roraima é o menor estado brasileiro e não tem como atender a todos de forma efetiva, com saúde, educação e emprego; e que a crise migratória é uma crise humanitária de responsabilidade do país inteiro.
Mas ainda precisamos ir além e o coração é a nossa força.
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