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Acolher Moçambique: morada de bons sentimentos

 

Por: Suelen Targon – jornalista voluntária

Um espírito voluntário é algo que nós devemos cultivar, é uma via de mão dupla, na qual todos ensinam e todos aprendem, algo tão apaixonante que acaba se tornando um caminho sem volta. Para começar bem o ano, dentre as muitas experiências de trabalhos voluntários da Fraternidade sem Fronteiras (FSF), vamos contar a história inspiradora do administrador Alan Antunes Xavier, que é coordenador do projeto Acolher Moçambique.

Tudo começou em 2019, quando escutou em um circuito de palestra o voluntário e divulgador FSF Wellerson Santos, que com muito amor e carinho falava sobre as ações da Fraternidade e contava as histórias dos projetos. Alan já conhecia a Organização, mas foi  ali que despertou nele a grande vontade de ir para África. Diante disso, no mesmo ano, ele se inscreveu para participar da caravana da educação da FSF e em outubro embarcou para Moçambique.

Conheça mais sobre as experiências de Alan e o projeto Acolher Moçambique:

FSF: Há quanto tempo você faz trabalhos voluntários? E, por que você faz esse tipo de trabalho?

Alan –  Sempre fui ligado às causas sociais e sempre gostei de ajudar as pessoas, mas em 2010 pra cá tenho me envolvido e me doado mais.

FSF: Conta pra gente sobre sua história com a Fraternidade sem Fronteiras.

Alan – Cheguei até a Fraternidade através do Andrei Moreira (diretor de Relações Públicas da FSF), em uma palestra que assisti em minha cidade, a partir daquele momento nunca mais me desliguei da África.  Então, em 2016, fiz o apadrinhamento e comecei a seguir a FSF nas redes sociais. Todas aquelas histórias me alimentava e fazia muito sentido pra mim e pra minha vida, e com o pensamento de fazer a minha parte por um mundo mais justo e igualitário comecei a me envolver em confecções de cestas básicas, visitas às famílias carentes, campanhas para arrecadação de alimentos, e alguns movimentos em paralelo para a FSF.

FSF: Quando você foi para Moçambique pela 1ª vez? Conte-nos mais sobre suas experiências.

Alan – Em outubro de 2016, pude estar em Moçambique pela primeira vez, nunca tive a pretensão de viajar para outro país, eu não tinha nem passaporte, mas a atração pela África só aumentava. Quando cheguei em Muzumuia tive a impressão e o sentimento inexplicável que estava chegando em casa. Desse modo, fui vivenciando cada segundo naquele lugar. Fiquei impactado com tanta miséria e tantas histórias de dor, mas o que me chamou atenção foi a alegria dos moçambicanos, sempre sorrindo e dispostos, às vezes com fome, ainda assim, prontos a te dar o melhor, digamos que foi uma grande lição que trouxe da África.

Quando cheguei dessa viagem nunca mais tive “paz”. Pensava em tudo que vivi e por todos os lugares que passei todos os dias, minha vida já estava comprometida com o projeto Acolher Moçambique e eu ainda não sabia, aliás, sabia, mas não sabia onde isso iria me levar.

Intensifiquei campanhas de arrecadação de roupas, escovas de dente, material escolar, malas e sempre estava em contato com a sub sede em Campinas/SP. Nesse período até o início do ano, minha vida já estava toda dedicada à causa. Foi quando recebi o convite para voltar. Embarquei em março de 2020 em uma viagem exploratória e de adaptação à cultura e ao local. Trabalhando voluntariamente nos centros de Moçambique, do projeto Acolher Moçambique, logo no primeiro mês já havia uma adaptação muito boa e fomos avançando com os trabalhos de reforma, perfuração de poços, compra e logística de toda alimentação dos centros. Tudo deu tão certo que novamente atendi a mais um chamado: coordenar o projeto no país. Hoje me sinto realizado, honrado, confiante e disposto a fazer o meu melhor para mais de 14 mil crianças assistidas, vivo em tempo integral para o projeto Acolher Moçambique.

FSF: Como que funciona o projeto Acolher Moçambique?

Alan – Em Moçambique temos 30 centros de acolhimento, onde servimos uma refeição diária, apoio escolar, uniformes, assistência a idosos e pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, aulas de reforço escolar, recreação com as crianças, cursos profissionalizantes e oficinas. Como diz o presidente da Fraternidade, Wagner Moura Gomes, as crianças chegam pelo prato de comida e são levadas às portas da universidade, promovendo a dignidade humana, prestando assistência no que for preciso para que os jovens tenham condições de estudar e ir em busca dos seus sonhos. Trabalhamos para que, nos centros, os acolhidos tenham capacidade de plantar e colher os alimentos. Perfuramos poços à medida em que recebemos doações, entre outros tantos trabalhos que vêm sendo idealizados e implantados com a ajuda de voluntários e padrinhos para dar condições às nossas crianças e jovens.

FSF: Quantas pessoas são acolhidas pelo projeto?

Alan – Hoje são mais de 14 mil acolhidos entre crianças, jovens, idosos e trabalhadores diretos. No início de 2020 somavam 10 mil. Mas com a chegada da Covid-19 foi preciso incluir mais crianças no projeto, porque estavam em situações de extrema vulnerabilidade. A fome não espera e o desespero é tanto que chegam pedidos todos os dias para atualização de cadastros. Nessas horas, podemos ver o quanto o apadrinhamento faz total diferença na vida dos acolhidos.

FSF: Como está sendo para os acolhidos esse projeto?

Alan – Para muitas famílias é tudo o que eles têm. Claro que hoje em dia, com 11 anos do projeto, houveram muitas conquistas e grandes avanços, é raro ver um caso de desnutrição severa, bichos de pé, idosos que não tem ninguém e grande dificuldade para se cuidar sozinhos, porque são pessoas assistidas pela Fraternidade com alimentação e outros cuidados que se fazem necessários. Os desafios são muitos e vamos avançando cada dia mais, graças ao pouquinho de cada padrinho da causa.

Nesse período de pandemia, todos os acolhidos recebem um kit alimentar para levar para casa, porque o governo moçambicano proibiu o funcionamento do projeto por riscos de contágio. Para muitas famílias é tudo o que elas têm e o pouco que conseguem são nas machambas (roças).

FSF: Desde que você entrou no projeto, quais realizações já aconteceram e que você presenciou?

Alan – Nos últimos 6 meses pudemos avançar na preparação e reabilitação dos espaços para plantação, com perfurações de poços, reabilitação de escolas, construções de casas, reforma e reinauguração de uma padaria, entre outras questões burocráticas e administrativas.

FSF: Dentro do projeto Acolher Moçambique, qual história te comoveu mais?

Alan – As histórias são muitas e sempre muito intensas, e também sempre traz muitos aprendizados. O que sempre me chama muito atenção são os casos de idosos que vivem sozinhos e mal conseguem água para beber, se viram como podem e são sempre gratos pelo pouco que conseguem, vão vivendo a vida com muita resignação e amor a Deus. Já os casos de orfandade, também mexem muito com todos nós. Crianças que tomam conta de outras crianças, temos muitos casos, o mais recente que acompanhei foi uma família de oito filhos. Eles perderam o pai em 2019 e a mãe no ano passado. As crianças têm de dois à 12 anos e precisaram ir viver com uma avó já muito idosa, todos precisam ajudar, cuidar uns dos outros e ir em busca de alimentos para sobreviver. Vivem em casa de pau a pique já prejudicada pelo tempo, mas, graças a Deus, conseguimos incluir eles no projeto e, hoje, fazem parte da Fraternidade, recebem o alimento e todas as assistências necessárias.

Lembrei-me de outro caso, de uma idosa que teve sua casa destruída por uma tempestade e precisou pedir ajuda aos vizinhos para se abrigar. Fico imaginando os momentos de dor e sofrimento que ela passou já com a idade tão avançada. Mas meu coração fica feliz, porque mais uma vez, graças aos apadrinhamentos, conseguimos reconstruir a casa dela.

FSF: Tem alguma campanha ou ação em prol do projeto que você gostaria de divulgar?

Alan – Sim, sempre tem. Mas vou falar em especial da campanha Água África*, porque temos o profundo desejo de levar água principalmente a todos os nossos Centros de Acolhimento.

As necessidades em Moçambique só aumentam: O número de assistidos aumentou, tivemos a alta do dólar e dos insumos, e tantas outras situações desafiadoras da própria região. Por isso, reforço a importância do apadrinhamento.

Para contribuir com a campanha, acesse: https://fraternidadesemfronteiras.colabore.org/aguaafrica/single_step

FSF: O que te motiva a fazer parte da FSF? Quais são seus sonhos para o projeto Acolher Moçambique?

Alan – A Fraternidade sem Fronteiras é uma Organização humanitária séria, com bases sólidas  e que realmente traz mudança e dignidade aos acolhidos. Meu sonho para o projeto Acolher Moçambique é que possamos ampliar ainda mais e expandir números de acolhidos, as necessidades são muitas e os lugares a serem alcançados também!

Quer fazer a diferença neste ano e abraçar essa causa junto com a Fraternidade sem Fronteiras? Clica aqui e apadrinhe o projeto Acolher Moçambique ♥ Juntos, em fraternidade, podemos ser a transformação que queremos ver no mundo. 

 

2 Comments to “ Acolher Moçambique: morada de bons sentimentos”

  1. Avatar Lourenço Reis Viana says :Responder

    Saudações…
    Ao cumprimentar a Fraternidade Sem Fronteiras, venho respeitosamente lhes apresentar o meu profundo e sincero desejo de me tornar voluntário nessa abençoada obra social em Moçambique e participar da caravana para ajudar o povo irmão da África Moçambicana!
    Sou brasileiro, nascido em Fevereiro de 1968 e reside no Amazonas…
    Sou cristão, jornalista, coach notivacional, consultor de Carreiras e Negócios, poliglota e também profissional de turismo na Amazônia Brasileira atuando no setor de Receptivo já por cerca de 40 anos.
    Já aceitei me cadastrar no projeto, para apadrinhar ações em Moçambique e me ponho a disposição para contribuir no que mais for possível!
    Assim, deixo aqui uma vez mais meus contatos pessoais para posterior retorno de Vs. Srs. Se entenderem que poderei ser útil na composição humana deste mui digno projeto social Fraternidade Sem Fronteiras.

    Atenciosamente:
    Lourenço R.Viana
    WHATSAPP: 92 98431-8875
    E-mail:
    ecoparadiseturismo@gmail.com

    Parintins, Amazonas. 10/02/2023

    1. Avatar Fraternidade sem Fronteiras says :Responder

      Lourenço, oiê! Felizes demais com o seu desejo de ser voluntário. Com certeza, contribuirá muito com o nosso trabalho e será muito bem-vindo. Para ser voluntário, basta realizr o cadastro no portal do voluntário: https://www.fraternidadesemfronteiras.org.br/voluntariado/. Qualquer dúvida, estamos a disposição😊🖐🏾

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