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Voluntários encaram o desafio de construir poços na África e no Brasil

Em países como Moçambique e Madagascar/África, onde o clima árido, a terra seca e o calor intenso, a falta de água é um dos grandes desafios, em meio a doenças e à fome, que muitas vezes são potencializadas justamente pela escassez de água potável e saneamento básico. 

As ações desenvolvidas pela Fraternidade sem Fronteiras (FSF) buscam entre vários objetivos, qualidade de vida e dignidade aos atendidos pelos projetos, e a obtenção de água ainda é uma barreira que está sendo vencida dia após dia graças aos corações generosos de padrinhos e caravaneiros que tomaram como missão levar esse líquido essencial à vida para todos que dele necessitam, por meio da contribuição com a Campanha Água África, da Organização humanitária FSF.

A água potável chega trazendo qualidade de vida nas regiões áridas

Contudo, muito antes desta campanha ser oficializada, alguns caravaneiros já tinham planos para perfuração de poços em 2015, em Moçambique. Silmar Gomes, voluntário e irmão do fundador-presidente da FSF,  conta que à época, na aldeia de Muzumuia, a perfuração foi feita de forma manual, com equipamentos que os recursos disponíveis permitiam. Além disso, a dificuldade é ainda maior por conta do solo resistente e a profundidade que é preciso atingir para se obter água. 

“No início houve muito trabalho, hoje as coisas estão um pouco mais fáceis, mas Madagascar ainda é um desafio”, declara Gomes, que  juntou-se a outros voluntários para perfurar o primeiro poço em Madagascar, por meio da Campanha Água África. O objetivo porém, ainda não foi concretizado, pois, houve diversos entraves no meio do caminho. 

A campanha começou em 2018 e já conta com 12 poços concluídos em Moçambique, que atende milhares de pessoas, proporcionando mais saúde e qualidade de vida, uma vez que possibilita a irrigação de hortas, a higiene pessoal e o consumo de água limpa. 

“Isso nos motiva a trabalharmos e sermos melhores, inclusive na Organização que somos hoje. Usamos os recursos que temos e isso dá motivação para fazer sempre mais pelos nossos irmãos”, ressalta Silmar. 

Aluízio Rausch, outro voluntário e caravaneiro da FSF, participou da campanha Água África desde o início, e conta que a ação foi pensada durante uma caravana para Moçambique, na qual todos que estavam lá queriam desenvolver algo efetivo na aldeia. Dessa forma, verificaram que perfurar poços proporcionaria muitas melhorias e assim, a ideia foi sendo amadurecida junto à FSF.

De acordo com Ileuza Elias, outra caravaneira que desde o início contribui com a campanha, a ideia também era

Por conta das dificuldades encontradas, o poço em Madagascar ainda é um sonho a ser realizado

potencializar os projetos desenvolvidos nos centros de acolhimento FSF, tendo em vista que o acesso à água melhoraria muito a vida das pessoas. 

Ela tem uma visão poética daquela noite decisiva: “Estávamos embaixo de uma árvore e alguém falou ‘vamos construir poços?’ e todo mundo concordou. Olhei para o alto e, ao meu ver, parecia que tinha um maestro pronto para reger uma orquestra que começasse a tocar. Nós éramos apenas instrumentos de baixo de um maestro que estava nos regendo”, conta emocionada. 

Para perfurar os primeiros poços foi preciso um esforço coletivo e cada um contribuiu da forma que pôde. E assim, dentro de três meses arrecadaram R$ 100 mil para o primeiro poço.  “Nesse período, cada um fez o seu melhor. Teve bazar, teve jantar, teve festa, teve feijoada, eu fiz um workshop de meditação, cada um colaborou com aquilo que sabia”, conta Ileuza. 

Após um tempo, quando o terceiro poço em Moçambique já estava sendo perfurado, a ação se estendeu para Madagascar. A partir de então, transformou-se em Águas para África e foram confeccionados itens para levantar recursos durante o II Encontro Fraternidade sem Fronteiras. 

O poço em Madagascar ainda não foi perfurado; contudo, voluntários e caravaneiros contribuem da forma que podem para a realização desse objetivo, uma vez a ilha necessita muito de água, mas as condições naturais dificultam o sucesso da conclusão. 

No lado de cá do oceano, no Brasil, a água também chegou. Por meio da campanha também foi possível levar água potável ao sertão da Bahia, na Vila Esperança, atendida pelo Retratos de Esperança. 

Nesse local, a perfuração desse poço só foi possível graças ao empenho de outros caravaneiros, pois de acordo com

O sertão da Bahia também recebeu água potável graças aos esforços dos voluntários da FSF

Leane Araújo, coordenadora do Retratos de Esperança, ao final da IV Caravana do Sertão, os voluntários se sensibilizaram com a falta de água e organizaram um sorteio com uma fotografia feita por Bismark Araújo, que também coordena o projeto. 

“O poço foi perfurado em janeiro de 2020, a bomba foi instalada em fevereiro e água está em análise, mas é possível que necessite de tratamento: dessalinização. As próximas etapas, então, serão a compra do dessalinizador, a construção da estação de dessalinização, dos reservatórios e a distribuição da água para a comunidade”.

Sendo na África ou no Brasil, a água é essencial no projeto para melhoria da qualidade de vida e saúde, pois além da fome, a sede também traz doenças e pode matar. Em essência, de acordo com as palavras de Ileuza, a Água África “é água pra quem tem sede, água para quem precisa e a gente não tem vontade de parar não”. 

Para colaborar com esta campanha, faça sua doação no site https://fraternidadesemfronteiras.colabore.org/aguaafrica

Também é possível se tornar um padrinho do projeto Ação Madagascar, contribuindo com um valor mensal que vai proporcionar saúde e melhor qualidade de vida a milhares de adultos, crianças e idosos: https://fraternidadesemfronteiras.colabore.org/madagascar/people/new

 

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Tatiane Resende

Tatiane Resende

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